segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PREPARAÇÃO DA CABAÇA PARA CRIAR PEÇAS ARTESANAIS



Recentemente descobri que podemos trabalhar peças artesanais a partir de cabaças. Podemos pintar, desenhar, aplicar e fazer recortes nelas. Mas um bom resultado implica num bom tratamento da matéria-prima, preparando-a para o artesanato, já que costumam ter poeira e lama na superfície, necessitando assim, primeiramente serem higienizadas por fora. Navegando em vários sites de pesquisa, reuni alguns passos fundamentais ao processo de preparação da cabaça:

Deixe a cabaça mergulhada em um balde com água por alguns minutos e depois esfregue bem com um bombril ou lixa até retirar a sujeira da superfície. Ponha no sol e deixe secar.
Talvez a cabaça fique desbotada, ou com manchas desiguais, o que desaparecerá na fase de acabamento do seu trabalho.
As cabaças possuem sementes em seu interior que precisam ser removidas, pois criam bichos. Corte e retire-os.
Trace a linha base sobre a qual você irá fazer o corte. Use a faca com ponta para fazer furos até o interior ao longo dessa linha.
Introduza a serrinha de mão num dos furos que acabou de fazer, e serre com cuidado por cima da marcação.


Com a tampa retirada, raspe bem todas as sementes e fibras que estiverem no interior da cabaça.
Se necesário, passe uma lixa de madeira ou uma lima (levemente) para afinar as bordas.




Com essas dicas simples e importantes, você já está em condições de dar continuidade ao seu projeto artesanal usando cabaças.


CABAÇAS


A Cabaça ou Porongo (Lagenaria vulgaris) é uma planta trepadeira, da família das Cucurbitaceae presente no norte e nordeste do Brasil, e plantada também em quase todo o território português. É também chamada em algumas regiões brasileiras de cuitê ou cuité, cabaça-amargosa, cabeça-de-romeiro, cabaça-purunga, cabaço-amargoso, cocombro, Cuia e taquera. Destaque-se que em algumas zonas de Portugal (especialmente no Minho) utiliza-se a palavra cabaça para designar a abóbora.
O fruto da cabaça é colhido mais cedo ou mais tarde segundo o tamanho da vasilha que se queira fazer. Depois de retirado o miolo, lava-se bem e deixa-se secar. A vasilha era usada para as mais variadas finalidades e estava presente na vida cotidiana dos indígenas e seu uso foi assimilado pelos colonizadores portugueses e espanhóis. Era usada como recipiente para água e alimentos, também como vaso, entre outros usos, como para fazer um berimbau, por exemplo.
No nordeste brasileiro, a cuia também é medida de capacidade para secos, que corresponde a 1/32 de um Alqueire.
As regiões brasileiras que tiveram influência dos índios tupis conhecem a cabaça como cuieira e o fruto como (Ku ‘ ya). Até hoje a cuia é usada no sul do Brasil pelos gaúchos no hábito de tomar Chimarrão.